O Pix foi criado pelo Banco Central do Brasil em um processo que começou ainda no governo Michel Temer. A ideia de um sistema de pagamento instantâneo ganhou força a partir de 2018, quando o Banco Central formou um grupo de trabalho especializado para desenvolver a nova plataforma. Apesar de o lançamento oficial pelo Banco Central ter ocorrido em novembro de 2020, durante o governo Jair Bolsonaro, o projeto nasceu da iniciativa técnica e do esforço dos servidores do órgão, que não dependeram diretamente das decisões do Executivo federal para seu desenvolvimento.
As raízes do Pix remontam a discussões e estudos que começaram ainda no governo Dilma Rousseff, com a percepção da necessidade de modernizar o sistema financeiro brasileiro para facilitar transferências e pagamentos de forma rápida, segura e com custos reduzidos comparados aos métodos tradicionais, como TED e DOC. Sob a presidência de Ilan Goldfajn no Banco Central, o projeto ganhou impulso, culminando na criação de um grupo consultivo que envolveu mais de cem instituições financeiras, fintechs e setores tecnológicos do país.
Inspirado por sistemas internacionais, o Pix foi inteiramente concebido como uma solução nacional. Seu principal objetivo era democratizar o acesso a serviços financeiros, condicionar a economia a um ambiente de pagamentos mais ágil e incentivar a inclusão bancária. Com o Pix, as transferências e pagamentos passaram a ser realizados em tempo real, sem restrição de horário, com a simplicidade de usar chaves como CPF, e-mail ou número de celular.
A coordenação técnica do Pix esteve a cargo de Carlos Eduardo Brandt, com a supervisão das presidências do Banco Central sob Goldfajn e, posteriormente, Roberto Campos Neto, que conduziu os estágios finais de implementação e o lançamento oficial. Em cinco anos, o Pix tornou-se um dos pilares do sistema financeiro brasileiro, movimentando quantias equivalentes a múltiplos do PIB nacional.
A criação do Pix representa uma política pública baseada no conhecimento técnico e continuidade institucional, transcendendo períodos de governo e partidos. Essa inovação mudou a rotina financeira da população e dos negócios no Brasil, consolidando uma forma moderna, inclusiva e eficiente de movimentação de recursos.
O volume financeiro movimentado pelo Pix no Brasil em 2025 tem mostrado crescimento contínuo e significativo. No primeiro semestre de 2025, o Pix realizou cerca de 36,9 bilhões de transações, o que representou 50,9% de todas as transações de pagamento no país, totalizando um valor movimentado de aproximadamente R$ 15 trilhões. Considerando o acumulado até novembro de 2025, o Pix já movimentou cerca de R$ 25,1 trilhões no ano, um aumento expressivo em relação aos anos anteriores. Só no mês de outubro de 2025, o sistema contabilizou mais de 7 bilhões de transações, movimentando mais de R$ 3,3 trilhões, valor equivalente a cerca de um terço do Produto Interno Bruto (PIB) consolidado do Brasil em 2024.
O total anual de transações pelo Pix vem crescendo desde seu lançamento, com volumes que passaram de R$ 133,1 bilhões em 2020 para mais de R$ 26 trilhões em 2024, consolidando-se como o principal meio de pagamento instantâneo no país e um pilar da economia digital brasileira. Em 2025, até novembro, o número de operações ultrapassou 60 bilhões.
Esses dados ressaltam o papel fundamental do Pix para a economia brasileira, impulsionando a inclusão financeira, a rapidez nas transações e a redução de custos para consumidores e empresas.
(*) Com informações das fontes: Wikipedia, Blog PagSeguro UOL, FPAbramo, Banco Mercantil, Terra, Tecmundo, MeuTudo, Banco Central do Brasil e G1.