"> Preços da Gasolina na América do Sul e Central: Disparidades e Debates sobre Políticas Energéticas

 

Autos - 19/10/2025 - 19:01:59

 

Preços da Gasolina na América do Sul e Central: Disparidades e Debates sobre Políticas Energéticas

 

Da Redação .

Foto(s): Arte @HORA

 

Os valores por litro variam de centavos na Venezuela a mais de onze reais no Uruguai, enquanto o Brasil busca estabilidade em meio a pressões econômicas e opiniões divididas de autoridades.

Os valores por litro variam de centavos na Venezuela a mais de onze reais no Uruguai, enquanto o Brasil busca estabilidade em meio a pressões econômicas e opiniões divididas de autoridades.

Os preços da gasolina são um indicador econômico crucial na América do Sul e Central, refletindo políticas de subsídios, impostos e condições de mercado. Em setembro de 2025, os dados mostram variações significativas entre os países, influenciadas por fatores como produção de petróleo, regulamentações governamentais e flutuações internacionais do barril de óleo.

Segue a tabela com os preços médios por litro em reais brasileiros, convertidos a partir dos valores em dólares americanos, utilizando a taxa de câmbio de R$5,67 por USD:

País Preço (R$/litro) Região
Venezuela 0.06 América do Sul
Bolívia 3.06 América do Sul
Equador 4.37 América do Sul
Paraguai 4.59 América do Sul
Argentina 5.67 América do Sul
Colômbia 6.18 América do Sul
Peru 6.29 América do Sul

Brasil

6.58

América do Sul

Chile 7.31 América do Sul
Uruguai 11.17 América do Sul
Guiana 5.67 América do Sul
Suriname 6.80 América do Sul
El Salvador 5.27 América Central
Honduras 5.56 América Central
Guatemala 5.73 América Central
Costa Rica 7.43 América Central
Nicarágua 7.60 América Central
México 7.25 América Central
Panamá 5.67 América Central
Belize 9.87 América Central

Esses valores destacam contrastes regionais, com a Venezuela mantendo o preço mais baixo devido a subsídios estatais, enquanto o Uruguai enfrenta o maior custo, impactado por elevados impostos. Países produtores de petróleo, como Venezuela e Equador, conseguem preços acessíveis por meio de políticas governamentais, enquanto nações importadoras lidam com custos mais altos.

A discussão sobre subsídios a combustíveis gera posições opostas. A favor, especialistas defendem que essas medidas protegem populações de baixa renda contra choques econômicos. "Reduzir subsídios isoladamente tem apoio de cerca de 30 por cento, mas chega a 95 por cento se os recursos forem realocados para benefícios sociais", afirmou um estudo sobre atitudes em 12 países. Por outro lado, críticos apontam impactos negativos. "Esses subsídios bloqueiam a transição para tecnologias limpas e aumentam pressões orçamentárias", declarou um relatório da UNDP sobre mobilidade na região.

No Brasil, o governo busca estabilizar os preços, com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sinalizando possíveis reduções em julho de 2025 para aliviar o consumidor. A Petrobras, sob a atual gestão, manteve os preços sem reajustes por períodos prolongados, como destacou o deputado Zeca Dirceu: "A Petrobras do Lula está sem reajustar os valores da gasolina há 134 dias e do diesel, há 162 dias". Contudo, senadores da oposição criticam a estratégia. O senador Flavio Bolsonaro afirmou: "O ódio e a mentira do PT custam caro", referindo-se a comparações com preços passados e nostalgia da gestão anterior. Parlamentares também debatem os impactos da reforma tributária, com previsões de aumentos em 2026 devido a ajustes no ICMS, conforme alertas de analistas.

Essas discussões refletem os desafios regionais de equilibrar acessibilidade do combustível e sustentabilidade fiscal, moldando as políticas energéticas futuras.

(*) Com informações das fontes: GlobalPetrolPrices.com, Trading Economics, Reuters, Valor International, UNDP, ScienceDirect, X posts de Zeca Dirceu e Flavio Bolsonaro, Click Petróleo e Gás.

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